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150 anos de imigração italiana: quatro hábitos e costumes que herdamos da Itália

150 anos de imigração italiana: quatro hábitos e costumes que herdamos da Itália

Categoria: Cidadania

Publicado em: 14 de May de 2024

Tempo de leitura: 4 minutos

Culinária, religião e paixão em relação a hobbies estão entre os aspectos herdados da nação europeia

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A comunidade italiana no Brasil comemora, neste mês, 150 anos da imigração ao país. A data marca a chegada em Vitória (ES), em 1874, do navio La Sofia, que trazia cerca de 400 imigrantes provenientes das regiões de Trento e Vêneto. Segundo estimativas da Embaixada Italiana no Brasil, cerca de 15% dos brasileiros têm algum ancestral italiano. A influência desse povo nos hábitos e costumes brasileiros é percebida nas mais diversas áreas, desde a culinária, religião e até a paixão em relação a alguns hobbies. 

O historiador e cidadão ítalo-brasileiro, Emerson Pavão, destaca que, inicialmente, em qualquer região do Brasil, é possível apreciar uma deliciosa massa italiana. “A pizza, o macarrão, a rabanada, tudo isso foi herdado da Itália. A culinária é uma grande tradição no país e as receitas são passadas de geração em geração. O italiano gosta de cozinhar e come muito bem”, ressalta. 

Um segundo costume citado por Pavão são as reuniões entre familiares em volta das grandes mesas, onde se instalam frequentemente mais de 10 pessoas. Ele também cita a forma como as pessoas se comunicam. “Nas famílias italianas, é comum aquela mesa enorme, onde senta todo mundo junto. Além disso, as pessoas falam todas ao mesmo tempo, diversos assuntos, em voz alta. E ninguém atrapalha ninguém, tudo em harmonia”, afirma.

Uma terceira influência vinda dos italianos é a devoção ao catolicismo. Seus descendentes no Brasil mantêm o hábito de ir à missa e participar ativamente da comunidade da Igreja, salienta Pavão. “E isso se reflete não apenas na espiritualidade, mas também em alguns preceitos da religião sobre a educação dos filhos. As crianças geralmente participam da Igreja na infância e adolescência”, diz o historiador. 

O historiador ítalo-brasileiro destaca que o italiano é um aficionado pelos seus hobbies, como carros, corridas de Fórmula 1 e outros esportes. De acordo com Pavão, o brasileiro, da mesma forma, também é muito apaixonado, por exemplo, pelo futebol, o que seria um quarto hábito herdado. “O brasileiro tem uma tendência de apaixonar-se pelas coisas, virar fanático. Eu percebo que isso vem do povo italiano”, ressalta.

Orgulho sobre a nação italiana

Pavão ainda conta que os italianos mantêm um sentimento de orgulho em relação à sua nação. Eles conhecem muito sobre os aspectos do país, sua história e eventos marcantes. Alguns ítalo-brasileiros também mantêm esse sentimento. “Eu quero entender a Itália, falar italiano, saber da história da nação. Eu não me sinto confortável em ter a cidadania de um país e não saber sobre ele. É também uma forma de honrar os meus antepassados”, cita. 

Pavão ressalta que, em algumas cidades do Rio Grande do Sul, a preservação da cultura do país europeu é tamanha que os dialetos italianos são falados nas escolas. Além disso, nessas regiões, também é possível identificar residências com arquitetura típica da Itália. Em geral, são casas de madeira, com alicerce e muro de pedras. “Inclusive, é comum ver o espaço chamado de cantina, que fica entre o chão e o piso da residência. O nome inspira os restaurantes italianos e se refere ao local onde as pessoas passaram a servir refeições para fazer algum dinheiro”, conta o historiador. 

Reconhecimento da cidadania italiana

Cerca de 750 mil brasileiros já receberam o reconhecimento de cidadania italiana. De acordo com Pavão, que é o primeiro da sua família a obter a dupla cidadania, essa é uma forma de homenagear seus ancestrais. “Ter cidadania é muito mais do que poder estudar ou trabalhar na Itália. Eu estou homenageando os meus familiares que sofreram muito para chegar até aqui”, destaca. 

A cidadania italiana é um direito garantido a todos os descendentes, mesmo que não tenham nascido no país europeu ou que não possuam sobrenome italiano. A CEO da Ferrara Cidadania Italiana, Camila Malucelli, lembra que a Constituição da Itália garante, desde 1861, o ‘Jus Sanguinis’ (ou direito de sangue). “Os descendentes de italianos já são cidadãos daquele país desde que nasceram. Assim, o processo para obtenção da cidadania apenas confirma e reconhece os laços consanguíneos, por meio de certidões e documentos”, explica. 

Malucelli também reforça a importância dos ítalos-brasileiros valorizarem as suas raízes, em especial nessa data. “A história e a cultura italiana são riquíssimas. Esse é um momento para reverenciarmos esse povo e sua contribuição para construção da identidade brasileira. Muito do que somos hoje se deve aos italianos que chegaram aqui no passado”, salienta. 

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Camila Malucelli
Camila Malucelli

Camila Malucelli é CEO na Ferrara Cidadania Italiana. Formada em Comunicação Social/Jornalismo e pós graduada em marketing, atuou desde 2003 na área de Assessoria de Imprensa e Comunicação em grandes empresas em São Paulo. Em 2011 iniciou a sua trajetória na Ferrara Cidadania Italiana e hoje dedica sua vida profissional inteiramente à gestão da Ferrara, liderando e inovando na área de cidadania italiana e serviços consulares.

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